quinta-feira, 3 de junho de 2010


Eu quero coisas demais... Um amor pra toda vida, um romance eterno é a maior sandice que almejo. Mas Eu morri. Preciso admitir e realmente aceitar esta morte. Taí uma palavra que sempre temi, mas agora encaro ainda como criança ou como quem está saindo da infância. É claro que dói, principalmente quando não se sabe viver. Preciso ser o que nunca fui e por isso preciso morrer. Preciso ser moldada por Deus de verdade, muito. Venho sendo curada, transformada, mas ainda preciso muito mais. Pois eu mesma muitas vezes barro a ação do Espírito com minha carnalidade dantesca, infantil, mutreta, blablabla nem sei mais como adjetivar. Sei que estou no mundo e não sou do mundo nem quero ser!
Vou dormir e sonhar agora. Amanhã talvez me dê vontade de escrever; e se não der, eu escrevo mesmo assim. Se for esperar só por vontade, ninguém faz quase nada nesta vida. É preciso querer viver e então saber viver. Quanta coisa! Enfado é coisa de velho... Ainda não sou velha, mas meu namorado pensa que é piá. E olhe que é mais velho que eu. Um homem. Mas ninguém o trata de fato como homem, mas como guri. Um guri de meia idade posso dizer. 51 anos é meia idade? Ainda não sei definir. Não sou mais uma jovem, mas não sou velha. Quero envelhecer com ele, mas brigamos tanto... Ele é infantil, não quer saber de maturidade, compromisso, nem mesmo ser adulto. Ele, um adulto. Mas não parece, me lembra mais o Mogli... De cabelos cacheados, e carequinha no alto da cabecinha... Magrinho e enfezadinho. Realmente, um adulto singular. Ri-me de mim. Ai de nós que nos amamos. As vezes até duvido de seu amor. Outras vezes questiono o meu. Não, não questiono. Tenho plena certeza do que sinto. Eis o sofrimento. Talvez ele seja infantil justamente por não ter filhos. Por até a pouco ser filho e somente filho. Mas não vou ficar aqui contando minha vida e ainda pior, expondo a dele. Cada um no seu quadrado não é exatamente minha filosofia de vida mas tem lá seu fundo de coerencia por vez e outra.
Bem, por ora basta de confissão e pior, desta vez sem chimarrão. Preciso dormir e acordar bem. Se Deus quiser.
Até.