sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O que está havendo?

Ah sim, me pinte. Escreva em mim, me toque. Que Deus te toque tão profundamente - permita-se - que tu me abraces afinal com alma, inteiro de amor. Se te dou às costas, não é pra te ignorar. É pra ser pintada por ti. Minha limitação é mais um motivo de busca. Que Deus me toque tão profundamente - permito-me - que te abrace afinal com alma, inteira de amor.
O que está havendo? Por que estamos assim, tão estranhos? Não me parece de todo razão pra reclamar. Nada justifica a reclamação, talvez a maior tentação humana, talvez. Até me ocorre que está havendo um mover tão forte do Espírito, que em princípio dói. Difícil aceitar duras realidades. O ego espremido pela constatação do óbvio, o tempo inexorável e indiferente às nossas vaidades e carências comandadas pela carnalidade faminta e egoísta. O valente choraminga a ausência da mãe que o defenderia, um homem que não quer crescer. Peter Pan na Terra do Nunca que o diga. Mas não estamos na Terra do Nunca. O que tentou a façanha, morreu entupido de ilusões - Michael Jackson - quantos ainda vivem essa loucura? Não me cabe julgar, mas não me calo na comôda voz da omissão.
Pinte-me, não na passividade absoluta, mas no amor que compreende, perdoa e deseja. Vida.

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